sábado, 4 de setembro de 2010

(Diário de Filmes) - Uma família indiana

E cá estou eu outra vez com a mania do Cinema Indiano.
Mais 3h!
LOL

Ora bem, família ultra-mega-hiper rica.
O casal decide trazer para casa um menino e o cria como seu, desde cedo contam a verdade sobre a adopção mas o assunto nunca mais é referido.
Nasce um outro filho e ambos se dão muito bem, aliás, toda a família pode dizer-se ser perfeita pois tudo segue as tradições ancestrais da família.
Até ao dia em que o filho mais velho se apaixona por uma rapariga de status inferior. O pai já tinha escolhido a nora e o rapaz decide seguir o seu coração fazendo com que o pai o renegue e traga ao de cimo o facto dele ser adoptado.
Ambos viram costas e o filho mais velho casa com a rapariga e vai viver para Londres por 10 anos sem nunca esquecer os pais.
Entretanto, o filho mais novo decide reunir a familia e vai ter com o irmão a Londres onde encontrará também ele o amor e tentar com que o seu irmão regresse ao seio da família, que é o seu verdadeiro lugar.
Um filme muito emotivo onde os laços familiares estão muito vincados e, surpreendentemente se confrontam culturas.


Reparei em algo muito engraçado. A irmã da rapariga chama-se Pooja, mas carinhosamente a família a trata por Poo. LOL assim como os amigos ingleses, que a acham uma deusa da beleza. Isto seria impossivel de acontecer! "Poo" não é propriamente um diminuitivo agradável por terra europeias ou americanas... mas os indianos lá terão achado graça ou então cagaram completamente (LOL "cagaram", "Poo", LOL ) uma vez que sabem que este filme por cá nunca passaria nas salas de Cinema.
À parte disso, há bastantes situações ridículas mas já é típico dos filmes indianos.
Também tenho de dar a mão à palmatória, é uma cultura que não tem nada a haver com a minha. O que para mim é ridículo, para eles não é. E o que para mim faz sentido, para eles não fará.
As danças continuam e até mesmo em Londres fazem sucesso :)

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

(Diário de Filmes) - O Egípcio

Há muitos anos atrás, talvez na década de 80, a televisão só tinha 2 canais.
Bem, a minha só tinha 1... a RTP1. A antena era muito má e o Canal 2 mal se via. Queria ver o 2 mas a p#"$#%$% da antena, se lhe mexia, estragava a RTP1. Que fazer?
Nada.
Continuei sem Canal 2.
Um belo dia, estava a fazer não sei o quê e sozinha em casa. Sei que a antena caíu e num toque de mágica, o Canal 2 começou a parecer-me mais nítido.
Foi a loucura, já podíamos começar a ver o Pantanal!


O Agora Escolha! Tudo nítido! Com chuva mas nítido.










Foi então que começou a dar um filme e eu, como tinha recebido um VCR recentemente (oui, oui, era uma das únicas na minha rua que tinha um! E como lhe dei uso!) pus-me a gravar.
Vi aquela vez. Revi, Tornei a rever. Uma, duas, três, quatro, cinco vezes, eu sei lá.
Fosse pela novidade, fosse pelo ver e rever muitas vezes, a verdade é que passei a ter "O Egípcio" como um dos meus filmes favorítos.
Entretanto, a febre da Sailor Moon chegou até mim e num ataque frenético de querer gravar todos os episódeos, qual viciada em anime, quando dei por mim, já estava com as VHS todas cheias de anime, fosse ele qual fosse, repetido ou não. Fiquei desolada.


Muitos e muitos anos mais tarde, 20, para ser exacta, resolvi, só por curiosidade, ver na Internet um torrent para o filme. Não consegui. Uns meses depois, a sede era tanta que resolvi tentar outra vez.
Consegui.

Bem, a história.


Uma criança é recolhida do Nilo por um médico que a educa como sua e lhe ensina as artes da medicina. Sinuhe cresce questionando tudo à sua volta e a sua ingenuidade leva-o a cair nas "garras" de uma mulher da Babilónia que apenas tem como objectivo usá-lo e tentar tirar tudo de valor. Revoltado com o desenrolar de acontecimentos, Sinuhe perde a sua ingenuidade e revela-se um médico desprovido de sentimentos que jura vingar-se mais tarde, mas parece que afinal ainda resta um pouco de amor no seu coração fechado.
O guarda-roupa é lindíssimo, os diálogos ricos em metáforas e moral, assim como a banda sonora fazem deste filme um "must".
Quem gosta de épicos como "Os dez mandamentos" vai adorar este de certeza.