quinta-feira, 2 de setembro de 2010

(Diário de Filmes) - O Egípcio

Há muitos anos atrás, talvez na década de 80, a televisão só tinha 2 canais.
Bem, a minha só tinha 1... a RTP1. A antena era muito má e o Canal 2 mal se via. Queria ver o 2 mas a p#"$#%$% da antena, se lhe mexia, estragava a RTP1. Que fazer?
Nada.
Continuei sem Canal 2.
Um belo dia, estava a fazer não sei o quê e sozinha em casa. Sei que a antena caíu e num toque de mágica, o Canal 2 começou a parecer-me mais nítido.
Foi a loucura, já podíamos começar a ver o Pantanal!


O Agora Escolha! Tudo nítido! Com chuva mas nítido.










Foi então que começou a dar um filme e eu, como tinha recebido um VCR recentemente (oui, oui, era uma das únicas na minha rua que tinha um! E como lhe dei uso!) pus-me a gravar.
Vi aquela vez. Revi, Tornei a rever. Uma, duas, três, quatro, cinco vezes, eu sei lá.
Fosse pela novidade, fosse pelo ver e rever muitas vezes, a verdade é que passei a ter "O Egípcio" como um dos meus filmes favorítos.
Entretanto, a febre da Sailor Moon chegou até mim e num ataque frenético de querer gravar todos os episódeos, qual viciada em anime, quando dei por mim, já estava com as VHS todas cheias de anime, fosse ele qual fosse, repetido ou não. Fiquei desolada.


Muitos e muitos anos mais tarde, 20, para ser exacta, resolvi, só por curiosidade, ver na Internet um torrent para o filme. Não consegui. Uns meses depois, a sede era tanta que resolvi tentar outra vez.
Consegui.

Bem, a história.


Uma criança é recolhida do Nilo por um médico que a educa como sua e lhe ensina as artes da medicina. Sinuhe cresce questionando tudo à sua volta e a sua ingenuidade leva-o a cair nas "garras" de uma mulher da Babilónia que apenas tem como objectivo usá-lo e tentar tirar tudo de valor. Revoltado com o desenrolar de acontecimentos, Sinuhe perde a sua ingenuidade e revela-se um médico desprovido de sentimentos que jura vingar-se mais tarde, mas parece que afinal ainda resta um pouco de amor no seu coração fechado.
O guarda-roupa é lindíssimo, os diálogos ricos em metáforas e moral, assim como a banda sonora fazem deste filme um "must".
Quem gosta de épicos como "Os dez mandamentos" vai adorar este de certeza.

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